Artigo

Revista de Rádio Nº572 – 01 de agosto de 2024

Publicado em 1 de agosto de 2024

INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO 

PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO

Produção e apresentação: Frei João Osmar

572º programa: 01 de agosto de 2024:

1- Resenha: No programa de hoje vamos tratar sobre o Dia da Sobrecarga da Terra, isto é, o dia no ano em que a humanidade consumiu da natureza o que ela era capaz de se refazer em um ano. Em 2024 esse dia ocorreu em 01 de agosto. Sigo aqui material publicado no site do IHU nesta semana. A seguir o link para acessar o material completo. Agradecemos a parceria.                                                                                              Dia da Sobrecarga da Terra e a lógica do consumo – Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Neste ano de 2024, o Dia da Sobrecarga da Terra será “comemorado” no dia 1º de agosto. Esta é uma data simbólica e que, ao mesmo tempo, merece muita atenção: é uma estimativa de quando a nossa civilização supera a capacidade da Terra de produzir ou renovar seus recursos naturais utilizados ao longo de um ano. Em outras palavras, gastamos em 7 meses o que deveria ter sido gasto até dezembro.

Para realizar este cálculo, a organização Global Footprint Network divide a biocapacidade da Terra de gerar recursos pelo consumo de recursos naturais. Depois, multiplica-se o número pela quantidade de dias no ano. O levantamento também mostra essa data da sobrecarga por país. O Brasil, por exemplo, chega a este limite no dia 4 de agosto, muito próximo da média mundial. Qatar e Luxemburgo são os campeões de gastos de recursos naturais, tendo ambos atingido a sobrecarga ainda no mês de fevereiro. No ritmo atual, seria necessário 1,7 planeta igual ao nosso para que essa equação ficasse equilibrada. Como não existe outra Terra, o que precisamos mudar é a nossa lógica de consumo. Este é, de fato, um desafio imenso. Primeiro, porque temos um sistema econômico que incentiva esse mesmo consumo excessivo e o acúmulo que tanto precisamos controlar. E se não ficarmos atentos, o capitalismo consegue monetizar até mesmo esse sentimento de urgência com relação ao nosso planeta. Em outras palavras, é importante nos preocuparmos em consumir produtos que sejam mais verdes e que impactam menos o nosso planeta. Entretanto, mais do que isso, precisamos reduzir o nosso consumo. Sentir-se com a consciência mais tranquila porque adquiriu um produto mais verde é permanecer nesse mesmo ciclo vicioso que vem destruindo o nosso único lar. Consumir com consciência é bom. Evitar o consumo é melhor ainda.

Em segundo lugar, e tão importante quanto, é que precisamos falar sobre a desigualdade social. Consumimos muito mais do que o planeta consegue repor, mas, afinal, quem é esse “consumidor compulsivo”? Segundo estudo de 2022 feito pelo Banco Mundial, é improvável que o mundo consiga atingir a meta de erradicação da pobreza extrema até 2030. Estima-se que cerca de 600 milhões de pessoas ainda enfrentarão dificuldades e viverão com menos de US$2,15 por dia. Isso mostra que a concentração de capital e, consequentemente, o acúmulo de bens não é um problema de todos. Esgotamos os nossos recursos em apenas 7 meses e, ainda assim, centenas de milhões de pessoas não têm acesso ao básico. Entraremos, mais uma vez, no cheque especial com o nosso planeta. E esta dívida já está começando a ser cobrada. Precisamos subverter a lógica do consumo. Precisamos pensar em uma nova forma de existir, menos pautada no ter e mais focada em incluir, reduzir e respeitar o lar em que vivemos.

2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de Antônio Terto, que é Reverendo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e atua como pároco da igreja do Salvador em Rio Grande, RS. Terto nasceu no município de Santa Cruz, RN, é casado e pai de duas filhas. Trabalhou anos como professor de Filosofia e Pedagogia. Também é massoterapeuta. Tem uma longa trajetória na LPB do Centro de Estudos bíblicos – CEBI e participou do Seminário sobre Bíblia e Juventudes promovido pelo CEBI Sul em Curitiba no final de julho;                                                                                                                                                                    3- Música: Ofício pelo Rio Grande de Zé Vicente e Frei Susin, com a participação de Alex Barbosa e outros;                                                                                                                                                                                      4- Fotos-da internet: Arquivo pessoal de Antônio Terto:

Áudio 1

Áudio 2

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