Revista de Rádio Nº568 - 04 de julho de 2024
Bloco 1:
Bloco 2:
INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO
PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO
Produção e apresentação: Frei João Osmar
568º programa: 04 de julho de 2024:
1- Resenha: No programa de hoje vamos tratar sobre agronegócio, o que é e seus efeitos na natureza e na humanidade, seguindo a letra da canção de Chico César – Reis do Agronegócio, cujo link da fonte da pesquisa colocamos a seguir.
Reis do Agronegócio – fonte ( Reis do Agronegócio – Chico César – LETRAS.MUS.BR )
- Ó donos do agrobis, ó reis do agronegócio
- Ó produtores de alimentos com veneno
- Vocês que aumentam todo ano sua posse
- E que poluem cada palmo de terreno
- E que possuem cada qual um latifúndio
- E que destratam e destroem o ambiente
- De cada mente de vocês olhei no fundo
- E vi o quanto cada um, no fundo, mente
- E vocês desterram povaréus ao léu que erram
- E não empregam tanta gente como pregam
- Vocês não matam nem a fome que há na terra
- Nem alimentam tanto a gente como alegam
- É o pequeno produtor que nos provê
- E os seus deputados não protegem, como dizem
- Outra mentira de vocês, pinóquios véios
- E vocês já viram como tá o seu nariz, hem?
- Vocês me dizem que o Brasil não desenvolve
- Sem o agrebis feroz, desenvolvimentista
- Mas até hoje, na verdade, nunca houve
- Um desenvolvimento tão destrutivista
- É o que diz aquele que vocês não ouvem
- O cientista, essa voz, a da ciência
- Tampouco a voz da consciência os comove
- Vocês só ouvem algo por conveniência
- Para vocês, que emitem montes de dióxido
- Para vocês, que têm um gênio neurastênico
- Pobre tem mais é que comer com agrotóxico
- Povo tem mais é que comer, se tem transgênico
- É o que acha, é o que disse um certo dia
- Miss motosserrainha do desmatamento
- Já o que eu acho é que vocês é que deviam
- Diariamente só comer seu alimento
- Vocês se elegem e legislam, feito cínicos
- Em causa própria ou de empresa coligada
- O frigo, a multi de transgene e agentes químicos
- Que bancam cada deputado da bancada
- Até comunista cai no lobby antiecológico
- Do ruralista cujo clã é um grande clube
- Inclui até quem é racista e homofóbico
- Vocês abafam, mas tá tudo no YouTube
- Vocês que enxotam o que luta por justiça
- Vocês que oprimem quem produz e que preserva
- Vocês que pilham, assediam e cobiçam
- A terra indígena, o quilombo e a reserva
- Vocês que podam e que fodem e que ferram
- Quem represente pela frente uma barreira
- Seja o posseiro, o seringueiro ou o sem-terra
- O extrativista, o ambientalista ou a freira
- Vocês que criam, matam cruelmente bois
- Cujas carcaças formam um enorme lixo
- Vocês que exterminam peixes, caracóis
- Sapos e pássaros e abelhas do seu nicho
- E que rebaixam planta, bicho e outros entes
- E acham pobre, preto e índio tudo chucro
- Por que dispensam tal desprezo a um vivente?
- Por que só prezam e só pensam no seu lucro?
- Eu vejo a liberdade dada aos que se põem
- Além da lei, na lista do trabalho escravo
- E a anistia concedida aos que destroem
- O verde, a vida, sem morrer com um centavo
- Com dor eu vejo cenas de horror tão fortes
- Tal como eu vejo com amor a fonte linda
- E além do monte um pôr do sol, porque
- Por sorte vocês não destruíram o horizonte ainda
- Seu avião derrama a chuva de veneno
- Na plantação e causa a náusea violenta
- E a intoxicação ne’ adultos e pequenos
- Na mãe que contamina o filho que amamenta
- Provoca aborto e suicídio o inseticida
- Mas na mansão o fato não sensibiliza
- Vocês já não tão nem aí com aquelas vidas
- Vejam como é que o ogrobis desumaniza
- Desmata Minas, a Amazônia, Mato Grosso
- Infecta solo, rio, ar, lençol freático
- Consome, mais do que qualquer outro negócio
- Um quatrilhão de litros d’água, o que é dramático
- Por tanto mal, do qual vocês não se redimem
- Por tal excesso que só leva à escassez
- Por essa seca, essa crise, esse crime
- Não há maiores responsáveis que vocês
- Eu vejo o campo de vocês ficar infértil
- Num tempo um tanto longe ainda, mas não muito
- E eu vejo a terra de vocês restar estéril
- Num tempo cada vez mais perto, e lhes pergunto
- O que será que os seus filhos acharão
- De vocês diante de um legado tão nefasto?
- Vocês que fazem das fazendas, hoje
- Um grande deserto verde só de soja, de cana ou de pasto?
- Pelos milhares que ontem foram e amanhã serão
- Mortos pelo grão-negócio de vocês
- Pelos milhares dessas vítimas de câncer
- De fome e sede, e fogo e bala, e de AVCs
- Saibam vocês, que ganham com um negócio desse
- Muitos milhões, enquanto perdem sua alma
- Que eu me alegraria, se afinal, morresse
- Esse sistema que nos causa tanto trauma
- Eu me alegraria, se afinal, morresse
- Esse sistema que nos causa tanto trauma
- Eu me alegraria, oh
- Esse sistema que nos causa tanto trauma
- Ó donos do agrobis, ó reis do agronegócio
- Ó produtores de alimento com veneno.
- 2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de pessoas convidadas por Frei Gilberto Teixeira no seu programa Reflexões com Frei Gilberto Teixeira – Mulheres de Fé, a quem agradecemos pela parceria. Você poderá ouvir o programa completo acessando o link a seguir. Também quero prestar minha homenagem póstuma a uma grande amiga e companheira de lutas populares, especialmente em defesa das mulheres e das pessoas empobrecidas que faleceu nesta semana. Trata-se de Matilde Cechin, que descanse em Paz!!!Fr. Gilberto Teixeira;
- 3- Música: Sem Medo de Ser Mulher, com Zé Pinto;
- 4- Fotos: Da internet Mulheres de luta, com destaque para Matilde Cechin: