INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO
PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO
Produção e apresentação: Frei João Osmar
577º programa: 05 de setembro de 2024:
1- Resenha: No programa de hoje vamos tratar sobre o Grito das Excluídas e dos Excluídos, uma iniciativa das Pastorais Sociais da Igreja e da Segunda Semana Social Brasileira, que neste ano completa 30 anos, com o Tema: “Todas as formas de Vida Importam. Mas, quem se importa?” Seguimos aqui matéria publicada no site do Brasil de Fato RS nesta semana, cujo link colocamos abaixo para que queira ver a matéria completa.
https://www.brasildefators.com.br/2024/09/04/grito-das-excluidas-e-dos-excluidos-completa-30-anos-com-mobilizacao-nas-ruas-de-porto-alegre
O Grito das Excluídas e dos Excluídos completa 30 anos com mobilização nas ruas de Porto Alegre – ‘Todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?’ é o lema do ano escolhido por movimentos populares e pastorais.
Primeira edição do Grito, no ano de 1995
Há 30 anos, movimentos populares, pastorais sociais e sindicatos de todo o Brasil saem às ruas no 7 de setembro, Dia da Independência, para dizer que um Brasil realmente livre e soberano ainda precisa ser conquistado. É o Grito das Excluídas e dos Excluídos, que neste ano vem com o lema “Todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?”. Em Porto Alegre, a manifestação acontece neste sábado (7), com concentração às 8h30 em frente à Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, local que ficou submerso nas enchentes de maio.
O chamado das organizações que promovem a atividade destaca que “a vida em primeiro lugar” continua sendo o Grito. Lembra que o mundo segue com “guerras que matam o povo trabalhador, aumento da fome, da desigualdade” e de catástrofes climáticas, que “impactam principalmente territórios periféricos” e tem em sua origem a “exploração desenfreada da vida e da natureza pelo sistema capitalista”.
Durante apresentação dos detalhes da mobilização de 2024, nesta terça-feira (3), Dom Valdecir Santos Mendes, presidente da Comissão Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), destacou o “processo permanente” da atividade. Uma construção que envolve diariamente dezenas de comunidades por todo o país.
“Que esse grito possa ecoar a partir do chão, do chão dos povos tradicionais, dos povos indígenas, a partir do chão das periferias das nossas cidades, a partir do chão do povo em situação de rua, a partir dos lavradores e lavradoras, trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar, a partir dos pescadores tradicionais. O grito é um compromisso com a vida”, disse.
“Um grito dos povos, dos pobres, mas também da terra”
Ao Brasil de Fato RS, padre Edson Thomassim, mais conhecido como padre Edinho, membro da Pastoral Carcerária e articulador regional das Pastorais Sociais do Rio Grande do Sul pela CNBB, destacou que o Grito neste ano ocorre em uma das regiões mais atingidas pela enchente em Porto Alegre. Além de ser lar de “uma população pobre, já estigmatizada e criminalizada porque está na área da entrada da cidade”, e que ficou ainda mais fragilizada por causa das “contradições que esse sistema coloca”.
Padre Edinho recorda que, na edição de 2023, o Grito do RS foi realizado no ginásio de uma igreja em São Leopoldo que neste ano ficou submersa, junto com nove comunidades do entorno, pela enchente. “A gente é convidado a reviver esse Grito, que é um grito dos povos, dos pobres, mas também é o grito da terra. O grito que está dizendo para a gente da sua enfermidade, do seu cansaço e do abuso que tem sido feito sobre essa terra”, finaliza.
2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de Augusto Streck de 25 anos. Nasceu e mora em Agudo, RS, filho de pequenos agricultores. Formado em Jornalismo pela UFSM e atua na Rádio Comunitária Alternativa de Agudo. É membro da IECLB. Augusto é apoiador da criação da Escola Família Família Agrícola – EFA Centro RS; 3- Música: Hino do Grito Dos Excluídos 2024; 4- Fotos-da internet: Grito dos Excluídos e Augusto Streck:
