Artigo

Revista de Rádio Nº 519 – 27 de julho de 2023

Publicado em 27 de julho de 2023

INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO 

PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO

Produção e apresentação: Frei João Osmar

519º programa: 27 de julho de 2023:

1- Resenha: Hoje vamos tratar sobre o sobre o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha celebrado dia 25 de julho e que contou com a realização de um Encontro Internacional de Mulheres em Foz do Iguaçu, PR. Sigo aqui a reportagem da Agência Brasil.. Confira no link abaixo a matéria na íntegra.                                                                                                                                                                                                      “Não é mais possível mulheres sofrerem violência política”, diz Janja – Brasil 247

Agência Brasil – Não é mais possível que as mulheres sofram violência política, disse na noite desta terça-feira (25) a primeira-dama Janja Lula da Silva. Ela participou do 1º Encontro de Integração de Mulheres Latino-Americanas, evento promovido pela Itaipu Binacional que reuniu 1,4 mil pessoas em Foz do Iguaçu (PR) no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Em seu discurso, Janja lembrou o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. Sem citar diretamente a delação premiada de um dos envolvidos no crime, a primeira-dama disse que Marielle foi calada por representar as mulheres no parlamento. A vereadora foi homenageada com aplausos. “Tenho falado muito no Brasil da violência política que as mulheres vêm sofrendo. [Que] este encontro aqui seja importante para começarmos a refletir sobre isso. Também tenho falado da importância das mulheres da América Latina e do Caribe nos unirmos numa só voz para que nossa representação política seja cada vez maior. É importante estarmos no parlamento para que a garantia dos nossos direitos seja votada e defendida”, ressaltou Janja. A primeira-dama disse que pretende promover, no primeiro semestre do próximo ano, um grande encontro de mulheres parlamentares da América Latina e do Caribe para debater as dificuldades de atuação feminina na política. “Não é possível mais as mulheres aguentarem a violência política. Seja nos parlamentos, nas redes sociais. O que acontece hoje é inaceitável. É sobre isso que a gente precisa dialogar”, explicou.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que o combate à misoginia foi definido como um dos grandes eixos na reunião das altas autoridades do Mercosul, realizada no fim de maio na Argentina. Sem dar detalhes, a ministra destacou que, em 17 de agosto, haverá um grande encontro para discutir o enfrentamento ao ódio contra as mulheres no Mercosul, na América Latina e no Caribe. “Nós mulheres não vamos aceitar morrer, nem sermos violentadas nem ser caladas em nenhum lugar do mundo. Os lugares que nós conquistamos, os espaços que nós conquistamos nunca foram doados. Nós conquistamos na luta, na rua. Por isso que não vamos voltar para a cozinha, para o tanque. Vamos ficar onde queremos, estamos e vamos subir mais”, declarou Cida Gonçalves.

Igualdade salarial

Outro tema destacado no encontro foi a recente lei que obriga a igualdade salarial entre homens e mulheres. Segundo a ministra das Mulheres, após a aprovação, o grande desafio consiste na implementação da lei. “Agora precisamos implementar a lei. O presidente Lula me disse que não existe lei que pega e que não pega, mas governo que consegue ou não consegue implementar uma lei. Esse é um desafio colocado para todos os homens e mulheres desta sala”, disse.

Presenças internacionais

Presente ao encontro, a primeira-dama da Argentina, Fabíola Yáñez, ressaltou que seu país é reconhecido internacionalmente pelo avanço no direito das mulheres e das minorias. Ela destacou a criação do Ministério para Mulheres, Gênero e Diversidade, em dezembro de 2019. “A trajetória da república argentina no reconhecimento de direitos das mulheres, da diversidade sexual e das identidades de gênero nos posicionou num lugar de liderança em nível mundial, o que me faz sentir muito orgulhosa do nosso país e de quem trabalhou por isso”, disse. Uma crise de asma impediu a presença da primeira-dama do Paraguai, Silvana Abdo, mas ela enviou uma mensagem. Nela, a Silvana Abdo citou avanços na conquista de direitos das mulheres no país vizinho nos últimos 20 anos, mas citou desafios, como os feminicídios e a atuação de movimentos antifeministas. “Hoje vemos nossas conquistas ameaçadas. Primeiro, por causa do alto número de feminicídios [no Paraguai], com 48 casos em seis meses. Por outro lado, vemos que movimentos conservadores, movimentos de extrema-direita, promovem ações que significam retrocessos nas conquistas alcançadas pelas mulheres”, disse. “Precisamos planejar ações na América Latina para que a presença das mulheres nos distintos estratos represente a mudança para melhorar a sociedade em cada um dos países a que pertencemos.”

Acordos

No encontro, foram anunciados compromissos da Itaipu Binacional e da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) com foco nas mulheres. Foi assinado um protocolo de intenções para a construção da Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu, que abrigará mulheres vítimas de violência e fornecerá ajuda como capacitação. Essa residência, anunciou a primeira-dama Janja, atenderá não apenas brasileiras, mas mulheres latino-americanas que precisarem de ajuda. A iniciativa será expandida para outras cidades de fronteira. Também foi anunciado o aumento da contribuição da Itaipu Binacional para a reforma da Delegacia da Mulher e do Turista em Foz do Iguaçu. O investimento total passará de R$ 2,9 milhões para R$ 3,5 milhões. Pelo Parque Tecnológico Itaipu, foram assinados dois protocolos de intenções: o enquadramento da Fundação à Lei nº 14.611, que garante igualdade salarial entre homens e mulheres; e o lançamento de um edital para formação e qualificação de até 80 ideias desenvolvidas por mulheres e a seleção de cinco delas para a Incubadora Santos Dumont, com aporte de R$ 30 mil para desenvolvimento da solução. Também compareceram ao evento a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck; da presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; da representante nacional de Programas da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino; e da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

 2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de Frei Aldir Crocoli, que é frade Capuchinho, hoje aos 75 anos é missionário no Haiti. Nascido no interior do município de Flores da Cunha na Serra Gaúcha, entrou no Seminário ainda menino, fez os estudos seminarísticos e foi ordenado padre. É formado em Filosofia e Teologia e tem várias Pós graduações e Doutorado. Há quase 9 anos trabalhando no Haiti, inicialmente na formação e posteriormente em projetos sociais, dos quais ele destaca em seu testemunho. É um bonito testemunho de alguém que dedica a sua própria vida na promoção e defesa da da vida de outros/as, fundamentada na sua fé cristã e nos ideais de São Francisco de Assis e Santa Clara de Assis.                                                                                                                                                                                      3- Música: Pelos Caminhos da América – Zé Vicente;                                                                                                  4- Fotos: Da internet: Frei Aldir Crocoli e Dia da Mulher Negra Latino Americana.

Áudio 1

Áudio 2

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação e ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições. As informações coletadas neste site são realizadas pelo serviço Google Analytics™ (veja a Política de Privacidade).