Chegou ao fim, na tarde desta quinta-feira (14), a greve de fome dos seis militantes que estavam alojados na Câmara dos Deputados, em Brasília, em protesto contra a reforma da Previdência do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Eles tomaram a decisão após o anúncio oficial feito pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de adiar a votação do texto para fevereiro do próximo ano. O protesto durou ao todo dez dias.
O dirigente Bruno Pilon, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), considera que o adiamento é uma vitória do campo popular. “É um exemplo de que a luta de classes funciona, de que a luta do povo organizado derruba qualquer força”, completou.
O grupo anunciou, no entanto, que seguirá em alerta contra as articulações da base aliada de Temer para colocar a reforma em votação.
“Nós consideramos um passo importante — não ainda uma vitória — o adiamento da votação dessa reforma, que só interessa ao mercado e aos grandes investidores e banqueiros”, disse o frei gaúcho Sérgio Görgen, que estava entre os grevistas.
A grevista Rosangela Piovizani, dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), exaltou a luta feminina e destacou a importância da Previdência Social para o segmento das mulheres, que passou a ser reconhecido como classe trabalhadora rural somente após a Constituição Federal de 1988.
“Nós conseguimos esses direitos com muita luta, muita mobilização, muitos atos, muito abaixo-assinado. Não podemos permitir que a Constituição e os nossos direitos sejam rasgados dessa forma, ferindo a nossa dignidade e a nossa soberania como classe trabalhadora”, bradou.
Assista ao vídeo exibido no Seu Jornal da TVT sobre o final da greve de fome!
Fonte: CUT-RS com Brasil de Fato e TVT