Publicado originalmente em MPABrasil

Por Comunicação MPA

Lavoura de milho no município de Canguçu do Sul. Foto: MPA

Na região Sul do Rio Grande do Sul, a intensa estiagem castiga os camponeses e camponesas, prejudicado diretamente as plantações de milho, feijão, soja, tabaco, pastagens, gados de corte e leite, hortifrutigranjeiros e outras culturas, comprometendo de forma direta a encomia local.

A Equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) da Rede MPA e órgãos do Governo atestam que 80% da produção de milho, 80% da produção de soja, 60% das lavouras do tabaco e demais culturas estejam comprometidas. “A cada dia aumenta o número de municípios que decretam Estado de Emergência, até o momento 10 municípios já encaminharam os relatórios para os órgãos competentes”, relata Darlan Gutieres, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Lavoura de tabaco. Foto: MPA

 

O nível de água de todos os arroios, rios, sangas e córregos encontram-se baixíssimos e em algumas localidades estão completamente sem água como é o caso da família da camponesa Nara Raquel Bubolz no município de Canguçu, onde a nascente de água secou. “A prefeitura está abastecendo as famílias com caminhões pipas”, explica a Nara.

Conforme os índices pluviométricos, os últimos meses foram inferiores à média dos últimos anos e os radares meteorológicos apresentam pouca chuva para os próximos dois meses, o que preocupa ainda mais a população, em especial os camponeses que retiram da terra seu sustento e renda.

Fonte de água seca pela estiagem. Foto: MPA

 

Diante desta situação o MPA propõe e reivindica: “Auxilio com repasse de dois salários mínimos para cada família através do cartão emergência rural; Crédito especial para aquisição de um Kit sementes e insumos agroecológicos com limite de até R$ 5.000,00 e subsidio de 80% no pagamento; e, Renegociação imediata de todas as operações de crédito agrícola em vigor”.

O MPA tem a vida na terra como motivo de sua existência, há está razão estão associadas outras condições como o trabalho, a produção e a resistência. “Não vamos nos calar diante deste momento triste e preocupante”, denuncia Darlan.