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Mulheres negras e quilombolas reafirmam protagonismo e resistência no Rio Grande do Sul

Seminário reuniu lideranças de todo o estado para debater direitos, territórios, reparação e homenagear mulheres negras

 

“É importante a ação permanente em todas as áreas, para que a gente rompa esse ciclo de racismo e de violência que se perpetua no nosso país”, defende Reginete Bispo – Foto: Rafa Dotti

 

10.nov.2025 Porto Alegre (RS)

 Fabiana Reinholz

 

No Rio Grande do Sul, 21% da população se declara preta ou parda, segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. Desse total, 363.257 são mulheres negras (3,34%) e 346.580 são homens negros (3,18%). Apesar dessa presença expressiva, a população negra ainda enfrenta profundas desigualdades sociais, raciais e territoriais no estado.

Foi nesse contexto que, neste sábado (8), ocorreu o seminário “Caminhos de Resistência: Mulheres Negras e Quilombolas – Vozes e Territórios”, no Ritter Hotéis, em Porto Alegre. O encontro reuniu autoridades, lideranças negras, quilombolas, de terreiros e das periferias, além de representantes de organizações e grupos sociais, para debater o protagonismo da mulher negra na conjuntura atual e as estratégias de defesa dos direitos e dos territórios.

A atividade foi organizada pelo Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ), através do Termo de Fomento nº 973281 do Ministério da Igualdade Racial, a partir de emenda da então deputada federal Reginete Bispo (PT-RS). Durante o evento, foram realizadas apresentações artísticas de Agnes Maria Davila Cardoso, Jessie Tereza Morais Luz e de Adriana Rodrigues, além do lançamento da edição especial da Revista Tição, sobre o protagonismo da mulher negra, e da entrega do Troféu Caminhos de Resistência a mulheres negras gaúchas de diversos segmentos.

Mesa fez parte do seminário “Caminhos de Resistência: Mulheres Negras e Quilombolas – Vozes e Territórios” – Foto: Rafa Dotti

O seminário contou com duas mesas temáticas. A primeira, realizada pela manhã, intitulada “Existência, Território e Liberdade – A voz das mulheres negras em movimento”, teve a participação da coordenadora de Diversidade, Equidade e Inclusão dos Correios, Vilma Reis, de Maria Conceição Lopes Fontoura, representante regional da Fundação Cultural Palmares no RS, da deputada federal Reginete Bispo (RS) e de Leilane Terezinha Barbosa, uma das coordenadoras da Marcha das Mulheres Negras do RS, que acontecerá no dia 25 de novembro, em Brasília.

 

A segunda mesa temática, “Quilombo: Raiz Viva, Território, Memória e Luta”, contou com a presença do chefe da Divisão de Regularização de Territórios Quilombolas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado, Sebastião Henrique Santos Lima, da ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) Ledeci Lessa Coutinho, e da sócia-fundadora da Comunidade Quilombola do Limoeiro, em Palmares do Sul (RS), Lisiane Borges Goulart de Oliveira. O evento contou com os intérpretes de Libras Lucas Terres e Adriane Martins de Morais Espindola.

 

Projeto Vozes e Territórios

Durante o seminário, Saraí Brixner, representante do Instituto Cultural Padre Josimo, apresentou o projeto “Igualdade, Cultura Negra, Vozes e Território”, desenvolvido pelo ICPJ por meio da mesma emenda parlamentar. A iniciativa reúne uma série de ações voltadas à valorização da cultura negra e ao fortalecimento dos territórios.

“Quando falamos em Vozes e Territórios, queremos afirmar que à população negra foi historicamente negado o direito de falar sua própria língua, de contar suas histórias e mostrar seus processos culturais”, destacou Brixner – Foto: Rafa Dotti

“Além deste seminário, temos outras seis iniciativas em andamento”, destacou Brixner. Entre elas estão a Revista Tição, entregue ao público durante o evento, uma websérie com dez episódios gravados nos territórios, um podcast sobre os povos de matriz africana e mulheres negras, uma série de matérias no site, um jornal impresso ao final do projeto, e um curso de comunicação, cuja primeira etapa já foi concluída.

Segundo a representante, a atuação do instituto se baseia em experiências concretas: o trabalho nos territórios quilombolas da região sul e as ações no campo da comunicação popular. “O ICPJ tem uma atuação muito forte na região sul do estado, onde há um grande número de quilombos organizados. É ali que desenvolvemos projetos de resgate de sementes crioulas, de recuperação de nascentes e de reconstrução das terras, especialmente diante dos impactos do desequilíbrio climático, em paralelo com muitas matérias jornalísticas produzidas. Vimos o quanto nossa compreensão de modelo de desenvolvimento são parecidos”, afirmou.

A performance de Adriana Rodrigues ressaltou a realidade da população negra – Foto: Rafa Dotti

Fortalecer as vozes negras

De acordo com Brixner, o instituto busca contribuir com o fortalecimento das comunidades negras e quilombolas, apoiando seus processos de auto-organização e amplificação de vozes. “Nosso papel é potencializar para que os territórios possam se auto-organizar, garantir que suas vozes sejam ouvidas e que as pessoas conheçam o que se faz nesses espaços.”

Ela definiu o projeto como um processo coletivo de aprendizado e troca. “Com todas as suas nuances, é um processo de aprender e ensinar. Para nós, é muito aprendizado; e, para a população negra, também é um processo de ensino e de construção conjunta. Estamos muito felizes com este seminário e esperamos sair daqui com propostas concretas”, declarou.

Ao encerrar sua fala, Brixner explicou o significado do nome do projeto. “Quando falamos em Vozes e Territórios, queremos afirmar que à população negra foi historicamente negado o direito de falar sua própria língua, de contar suas histórias e mostrar seus processos culturais. Por que não podemos ter nas escolas aulas sobre suas línguas de origem, assim como há para italianos, alemães e povos indígenas?”, questionou.

“Oxalá este projeto possa ser uma pequena contribuição para que, num futuro próximo, possamos estar em condições de igualdade com todas as demais pessoas, raças e origens, do ponto de vista da valorização”, concluiu.

O encontro reuniu autoridades, lideranças negras, quilombolas, de terreiros e das periferias – Foto: Rafa Dotti

“Falar de resistência é falar de mulher negra”

A representante da Fundação Cultural Palmares no RS, Maria Conceição Lopes Fontoura, destacou que a história das mulheres negras é indissociável da luta e da resistência no Brasil. “Falar de resistência é falar de mulher negra, é falar de mulheres quilombolas. Nestes mais de 500 anos do Brasil, essas mulheres representam a resistência. Vocês imaginam uma abolição sem qualquer tipo de ação afirmativa? E estamos aqui.”

Ela ressaltou o papel da Fundação Cultural Palmares na preservação e valorização das culturas afro-brasileiras e africanas. “A fundação tem o papel de preservar e trazer à luz as culturas afro-brasileiras e africanas. Lembrando que o Brasil é o segundo país em número de pessoas negras no mundo. E ainda assim, as culturas dessa população, tanto no campo da religião como no campo dos quilombolas, ainda não são devidamente conhecidas e reconhecidas. Valorizar a cultura é fundamental, e esse é o papel da Fundação Cultural Palmares e de sua representação no estado.”

Mesa “Existência, Território e Liberdade – A voz das mulheres negras em movimento” – Foto: Rafa Dotti

Reparação e poder político

“Estou muito feliz de estar aqui com toda essa potência das mulheres negras no Rio Grande do Sul, que eu admiro, que nos alimenta civilizatoriamente no Brasil. Eu comecei aqui hoje falando de Pedronilha, falando de Luiza Bairros, que são nossas referências, mulheres que deram nome e sobrenome na praça”, destacou Vilma Reis.

Ela defendeu a mobilização das mulheres negras em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 27/2024, a PEC da Reparação, que cria o Fundo Nacional de Reparação Econômica e de Promoção da Igualdade Racial, e da Segunda Marcha Nacional de Mulheres Negras, além de criticar a sub-representação feminina e negra nas instâncias de poder.

“Não é possível que em 2025 a gente ainda tenha um Congresso Nacional com apenas 17% de mulheres e 2% de mulheres negras. Isso é uma vergonha do ponto de vista internacional para o Brasil. É insustentável.”

“Nós não queremos o poder para nos locupletar do poder. O nosso acesso ao poder é para ampliar para as maiorias, para aqueles e aquelas secularmente vilipendiadas e mantidas à margem. A nossa presença no poder tem um fator transformador”, defendeu.

Reis encerrou sua fala lembrando nomes fundamentais da luta negra no país. “É assim que a gente lembra Beatriz Nascimento, Abdias Nascimento, Oliveira Silveira, esses e estas que nos ensinaram o caminho de volta para Palmares, para nós entendermos quem éramos nós, quem somos nós. Obrigada Oliveira, obrigada Luiza Bairros, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, obrigada Abdias Nascimento. Estamos aqui, vamos continuar na luta.”

Leilane Terezinha Barbosa (direita) e Ernestina dos Santos Pereira (esquerda) presentes no seminário – Foto: Rafa Dotti

“Lanceiros Negros não morreram. Verte-se o sangue deles em nossas veias”

A sindicalista e militante Ernestina dos Santos Pereira, representante dos trabalhadores e trabalhadoras domésticas de Pelotas, lembrou a importância da memória histórica e da luta das mulheres. “Estou aqui, já há mais de 12 anos, lutando pelo reconhecimento e pelo contar da história do massacre dos Lanceiros Negros. Estou também na luta por criar mais um feriado estadual, porque Lanceiros Negros não morreram. Verte-se o sangue deles em nossas veias.”

Pereira compartilhou sua trajetória pessoal e seu orgulho quilombola. “Sou remanescente do Quilombo do Algodão, no interior de Pelotas. Negra que não pôde estudar quando era criança, só comecei a estudar aos 14 anos, trabalhando como trabalhadora doméstica por mais de 30 anos. Hoje estou aposentada, mas, como diz a minha estrela negra, Benedita da Silva, ‘eu saí do quilombo, mas o quilombo não saiu de mim’.”

Ela também recordou sua candidatura pioneira. “Assumi, em 1990, ser a primeira mulher negra e trabalhadora doméstica candidata a deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores. Foi um grande desafio enfrentar as discriminações diversas, não ter dinheiro para fazer campanha em pé de igualdade com outras pessoas. Aprendi a ser resistente.”

Em sua intervenção artística, Agnes Mariá declamou trechos de seu trabalho Poesia para adiar o fim do mundo – Foto: Rafa Dotti

“As grandes lideranças quilombolas no Brasil são mulheres”

O chefe da Divisão de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra no RS, Sebastião Henrique Santos Lima, ressaltou a centralidade das mulheres na organização e defesa das comunidades quilombolas. “Elas são quem conduzem suas comunidades, organizando ações, enfrentando proprietários de terra e pressionando órgãos públicos. Poderia citar 10 nomes de mulheres que são verdadeiras vidas à frente de suas comunidades”, afirmou.

Segundo ele, o seminário é um espaço para reconhecer e valorizar essa liderança. “O objetivo não é promover as mulheres, mas reconhecer que são elas quem fortalecem e organizam as comunidades quilombolas.”

Mesa “Quilombo: Raiz Viva, Território, Memória e Luta” – Foto: Rafa Dotti

“Nós, mulheres negras com deficiência, existimos e resistimos!”

Durante o seminário, a ativista e assessora parlamentar Josiane França relatou sua trajetória como mulher negra e cega. “Nasci enxergando e fiquei cega aos 30 anos. Hoje falo desse lado da escuridão, mas gosto de dizer que sou uma mulher cega muito bem resolvida”, disse.

Em sua intervenção, ela destacou o poder do conhecimento e da fala. “Aprendi, não só nos livros, mas com a nossa deputada federal Reginete Bispo, que o conhecimento traz poder e que a nossa fala tem voz. E quando digo ‘nossa’, me refiro a nós, mulheres negras com deficiência. Nós existimos e resistimos!”

França também falou sobre o projeto Vou Te Contar, que promove letramento racial nas escolas.

“Nós, mulheres negras com deficiência, existimos e resistimos!”, frisou Josiane França – Foto: Rafa Dotti

“Sou uma mulher preta surda, e quero ver todos vocês no Congresso Surdo Negro”

A professora e pesquisadora Érica da Silva, mulher surda e trabalhadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), compartilhou seu processo de reconhecimento como mulher preta surda. “Eu nunca tive convivência com a comunidade preta. Estudei em escolas onde a maioria era branca e eu era a única pessoa negra. No ensino médio e depois na faculdade, a mesma coisa. Faltava identidade, faltava reconhecimento.”

Ela relatou a virada em sua trajetória. “Uma colega me disse: ‘Vem comigo, tu é preta, tu precisa ser preta’. E aquilo me tocou. Eu comecei a me olhar no espelho e pensei: é verdade, eu sou preta, meu cabelo é preto, meu nariz é de preta, minha cor é preta. Comecei a me perceber.”

Por fim, Silva anunciou o primeiro Congresso Surdo Negro do Rio Grande do Sul, que será realizado em novembro de 2026, em Porto Alegre. “Queremos fortalecer essa identidade e esse movimento aqui no nosso estado. Estou muito feliz e emocionada. Quero ver todas vocês lá no nosso Congresso Surdo Negro de 2026. Vai ser um marco para o Rio Grande do Sul e para todas as pessoas surdas e pretas do nosso país.”

“Eu comecei a me olhar no espelho e pensei: é verdade, eu sou preta, meu cabelo é preto, meu nariz é de preta, minha cor é preta. Comecei a me perceber”, expôs Érica da Silva – Foto: Rafa Dotti

Organização das mulheres negras

Nayara Silveira, filha do poeta e professor Oliveira Silveira, relembrou o legado do pai e do Grupo Palmares, responsável por propor o 20 de novembro como Dia da Consciência Negra. “A organização das mulheres negras começa dentro da própria família. Quando ela nasce, já nasce com um pertencimento, com um legado, de dar continuidade primeiro aos que vieram antes dela, e formar então a sua pessoa, sua integridade como mulher negra, como mulher que leva a história dos seus adiante. Depois vêm os filhos, daquelas que são mães, daquelas que trabalham, sempre impondo o seu lugar dentro do seu espaço de trabalho, da sociedade, da família, enfim. É um legado que nós nascemos com ele e que só termina na nossa morte.”

Silveira também lembrou que a resistência é marca essencial da mulher negra. “A mulher negra já vem com isso, com o espírito de Dandara, de Luísa Mahin e de todas as guerreiras que vieram antes de nós.”

Reginete Bispo enfatizou que o seminário foi um espaço cultural e político, onde vozes diversas reforçaram a necessidade de que a questão racial esteja no centro das políticas públicas – Foto: Rafa Dotti

“Qualquer projeto político que não tenha o povo negro como protagonista não tem caráter transformador”

Reginete Bispo destacou a importância do seminário Caminhos da Resistência, que reuniu mulheres de diferentes regiões e segmentos do Rio Grande do Sul. “O seminário reuniu mulheres de todo o estado do Rio Grande do Sul. Tivemos professoras, mulheres quilombolas, mulheres pescadoras. Tivemos mulheres de todos os segmentos, da área da justiça, da educação, da saúde, fazendo uma reflexão muito importante, e que tem a ver com o próprio título: Caminhos da Resistência”, afirmou.

Segundo ela, o encontro trouxe uma discussão necessária sobre os desafios colocados para as mulheres negras neste momento histórico. “A gente está num ano em que, em 2025, vamos realizar a Marcha Nacional de Mulheres Negras. Acreditamos que vai ser um grande momento de novas iniciativas que impulsionem as políticas de combate ao racismo no nosso país.”

Bispo enfatizou que o seminário foi também um espaço cultural e político, onde vozes diversas reforçaram a necessidade de que a questão racial esteja no centro das políticas públicas. “As mulheres negras precisam estar no centro do debate das políticas públicas.”

Para a parlamentar, esse é um ponto central da luta. “Qualquer projeto político, nacional ou internacional, que não tenha o povo negro e os povos indígenas como protagonistas, não tem caráter inovador nem transformador. O colonialismo continua se perpetuando, se reatualizando sobre os valores ancestrais e civilizatórios do nosso povo.”

Bispo ressaltou que o seminário também foi um espaço de homenagem. “Foi um momento de reconhecer o trabalho de mulheres negras que se destacam em suas comunidades e na sociedade. Homenageamos juízas, mulheres quilombolas, LGBTs, jovens, mulheres da cultura, da saúde, da arte. Mulheres que fazem a diferença em seus espaços, que enfrentam realidades muitas vezes duras e desafiadoras. Ao homenageá-las, incentivamos essas e tantas outras a ocuparem os espaços públicos e de poder.”

Evento foi encerrado com premiação de mulheres de 10 segmentos – Foto: Rafa Dotti

Ela destacou ainda que o evento reforçou a necessidade de formação política contínua. “Outro grande encaminhamento que sai desse seminário, proposto inclusive pela companheira Vilma Reis, é a criação de fóruns e centros de formação de mulheres, para que elas estejam preparadas para ocupar os espaços públicos. O Instituto Akanni, por exemplo, já teve uma experiência com o curso de mandatas, que preparou mulheres para a política. Daquele processo, elegemos vereadoras e deputadas negras.”

A deputada concluiu afirmando que o trabalho precisa ser permanente. “É importante a ação permanente em todas as áreas, para que a gente rompa esse ciclo de racismo e de violência que se perpetua no nosso país. E que, depois do 25 de novembro, a gente permaneça em marcha, especialmente marchando contra os genocídios que o Estado brasileiro comete contra o nosso povo, como vimos recentemente no Rio de Janeiro.”

 

Homenageadas:

Brígida Barcelos – Justiça

Gilciane Beatriz Aguiar das Neves – Economia Solidária

Josiane Soares Cardoso – Liderança comunitária

Maria Geneci Macedo da Silveira – Saúde

Mariana Abreu Marmontel – Juventude e Arte

Nadir Maria de Jesus – Política

Raika Luz Severo – LGBTQIAPN+

Tamarisa Lopes da Silva – Esporte

Tânia Silva – Educação

Iya Sandrali Bueno – pelas Iyas

 

Editado por: Katia Marko

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