Uma turma de 25 alunos está se preparando para atuar com instrumentos lúdicos junto à suas comunidades de origem
Marcos Corbari | Jornalista | MPA
Reunidos sob o lema “Cultura é um direito do povo”, jovens integrantes da juventude camponesa do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) iniciaram neste final de semana (12 e 13) um curso de formação e capacitação continuada com o objetivo de instrumentalizar os participantes para realizar intervenções de natureza cultural em suas comunidades. Ao todo são 25 participantes, oriundos de 6 comunidades rurais do município de Vale do Sol que fazem parte dessa primeira turma, integrando um programa que se estende ainda por mais 4 finais de semana. O curso é uma experiência piloto que vem propondo ampliar a ação das chamadas brigadas de juventude, formadas pelo MPA com o objetivo de inserir a juventude no cotidiano do movimento social, de forma consciente e atuante, participando inclusive das instâncias coletivas de decisão.
Através de técnicas circenses, teatro, oratória, musicalidade e outras habilidades relativas ao campo cultural, os jovens vão sendo capacitados de modo a contemplar os contextos teórico, prático e crítico, tanto quanto às técnicas de intervenção, quanto aos contextos sociais onde estão inseridos. Espera-se que estes jovens estejam prontos a atuar não apenas dentro do movimento, mas também que coloquem suas habilidades a serviço de diversos segmentos comunitários, como igrejas, hospitais, abrigos, projetos sociais, escolas, etc. A participação ativa no segundo acampamento estadual da juventude camponesa, que será realizado em outubro próximo, também é uma meta dos dirigentes que estão realizando essa formação.
– Essa é uma ação social, que tem objetivo de elevar o nível de consciência do grupo que participa através de ações práticas -, explica a dirigente Sandi Xavier. Segundo ela, até a quarta etapa espera-se que estes jovens estejam aptos a retornar para suas comunidades de origem e começar a multiplicar o aprendizado junto a outros jovens. O jovem Jonas Luettjohann, 17 anos, concorda com o sentido dessa formação, que consolida a conquista de espaço da juventude junto ao movimento e amplia a visibilidade das ações do segmento: “Depois que eu comecei a participar das formações do MPA eu mudei bastante o meu ponto de vista, conheci novas pessoas, novas possibilidades, despertei para a consciência de que precisamos seguir nossos ideais – comenta o jovem que já fez dois ciclos da formação como brigadista e agora está participando também da formação cultural.