Publicado originalmente no site www.vidanosul.com.br
Dando andamento ao encontro realizado em dezembro de 2017, que reuniu dezenas de representantes da classe cultural do Rio Grande do Sul para debater mudanças na Lei de Incentivo à Cultura (LIC), a primeira reunião do Grupo de Trabalho que havia sido designado aconteceu na tarde da última terça-feira (09/01), no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. A tônica foi a necessidade da criação de uma reserva de marcado para artistas gaúchos quando os eventos contarem com recursos públicos.
Entre os temas discutidos estão o funcionamento e a dificuldade de acessar a LIC, a composição e atuação do Conselho Estadual de Cultura, o calendário oficial de eventos do estado, a tramitação de matérias na ALRS e projetos em andamento que de alguma forma dialogue com o segmento e a relação da classe com os municípios. Nesta primeira reunião, foram deliberadas ações como a solicitação de informações junto à Secretaria Estadual da Cultura e audiência na Famurs, a fim de identificar o destino a aplicação dos recursos nos últimos anos. Além disso, diversas propostas de alteração na lei começaram a ser esboçadas, no sentido de ampliar a participação e os benefícios dos artistas gaúchos quando os shows e espetáculos acontecerem no estado.
A partir de agora o GT buscará fazer um diagnóstico do setor para formular uma síntese “que contemple os anseios do segmento, assim como a definição de ações práticas político-institucionais que formatem as necessárias propostas, ampliem as relações e busquem aliados em defesa da cultura riograndense”, destacou o presidente do parlamento, deputado Edegar Pretto, que salienta que ser importante se criar e fortalecer uma política cultural de estado e não de governo.
Na avaliação de Fabinhno Vargas, do grupo Tchê Guri, que é um dos integrantes do GT, só o fato dessas pessoas envolvidas com a a cena cultural do Rio Grande do Sul estarem reunidas para levantar questões e dificuldades do seguimento já é um marco. “Além disso, a pauta proposta é de fundamental importância para economia das familias que tem seu orçamento diretamente dependente da arte. Muitas vezes, as pessoas esquecem que filho de artista também sente fome. A sociedade tira por base os artistas de grande sucesso na mídia e esquecem que a grande maioria passa dificuldade pra viver de sua arte”, salientou Vargas.
As propostas serão aprofundadas no próximo encontro do GT, marcado para as 11h do dia 15 de janeiro, também no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa.
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