As produtoras Mayu Filmes e Decoloniza Filmes lançaram no último domingo (03/04) ação de financiamento coletivo através da plataforma Kickante (https://nova.kickante.com.br/financiamento-coletivo/apoie-eu-sou-neta-dos-antigos) , buscando viabilizar a produção do documentário “Eu sou neta dos antigos”, bem como de mais 4 minidocumentários que compõem a peça final.
O filme, dirigido por Adriana Miranda, acompanha a viagem de Kelli Wapichana, trocando sementes nativas de Boa Vista até a comunidade Pedra Preta, no estado de Roraima. No caminho, montanhas, florestas tropicais, savanas, rios, lagos e a Terra Indigena Raposa Serra do Sol. O território é de aproximadamente 1,7 milhões de hectares e abriga cerca de 26.000 indígenas. Apesar de terem contato com pessoas de fora por mais de dois séculos, os indígenas mantêm seus idiomas e costumes.
Em um momento onde o equilíbrio ambiental nunca esteve tão ameaçado, o filme “Eu sou a neta dos antigos” abraça a luta pela vida, pela terra, por um futuro habitável para as próximas gerações. “Se existe mas sementes é porque tem um território. Nelas contém vida, nelas contém luta. Nelas contém conquistas”, afirma Kelli Wapichana. A relação do ser humano com a terra é da ordem do ancestral. Está na origem da humanidade e se estende por todos os âmbitos de sua existência. É tema de estudos científicos, de livros, filmes ou textos de toda natureza. Mas, para além de tudo isso, é uma pauta urgente. Nunca antes o equilíbrio ambiental do planeta esteve tão ameaçado como hoje.
“Os indígenas são aqueles que mais protegem as florestas. Sempre se parte delas, como um prolongamento do seu próprio corpo, por isso são os nossos mestres e doutores. Temos que revisitar a sua sabedoria ancestral, aprender dela, e assim salvar a nossa vida e a vida do nosso planeta”, afirma o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff, que acompanha e apoia o projeto. O filme propõe ser uma lente poética, subjetiva e intimista. Uma lupa sobre seres humanos que têm na relação com a terra sua baliza, seu modo de vida. Para esses, a terra é vista como algo sagrado, por ser fonte de alimento, de sustento, de vida.
“Eu sou neta dos antigos” propõe um olhar poético e intimista sobre como os povos originários vivem e celebram sua relação com a terra em seu cotidiano e, a despeito das condições mais adversas, resistem como sementes de esperança. “Se a gente não fizer alguma coisa não vai ter planeta, não vai ter vida para as próximas gerações, filhos, netos, bisnetos”, aponta a diretora Adriana Miranda. “A luta indígena é uma luta de todos nós, porque é através da defesa dos seus territórios que a gente vai conseguir manter a vida como a gente conhece hoje no planeta”, afirma Carolina Ribas, produtora do documentário.
Serviço:
A meta de arrecadação proposta na campanha de financiamento coletivo é de R$ 50 mil. As contribuições partem de R$ 25,00 até R$ 1.500,00. Conforme a possibilidade de colaboração os apoiadores receberão recompensas que vão desde a inserção do nome nos créditos do filme, convites para a sessão de estreia, brindes personalizados e livros autografados pelo Leonardo Boff, até a participação em masterclass com membros da equipe de produção e personagens retratados no documentário.
Assista ao vídeo de divulgação da campanha: https://vimeo.com/689220036
Contribua a partir de R$ 25,00: https://nova.kickante.com.br/financiamento-coletivo/apoie-eu-sou-neta-dos-antigos
Conheça outras produções da Mayu Filmes: https://vimeo.com/mayufilmes