Notícia

Instituto Cultural Padre Josimo e Fundação Banco do Brasil iniciam projeto de implantação de quintais agroflorestais  

Solenização da parceria acontece na quarta-feira (29), na no CTG Caminhos da Serra, em Marques de Souza (RS)

A reconstrução do RS após as enchentes de 2023 e 2024 continua sendo um grande desafio para muitos setores. A agricultura de base camponesa e familiar foi severamente atingida, com muitos de seus praticantes levados à condição de exilados climáticos, devido à perda da produção, de equipamentos de trabalho, moradias, animais e até mesmo da capacidade produtiva do solo.

Pensando na realidade dessas famílias e na característica predominante da sua produção – alimentos –, o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) buscou o apoio da Fundação Banco do Brasil para executar um projeto amplo, priorizando os atingidos e as atingidas pelas enchentes, com a implantação de quintais produtivos agroflorestais e a prestação de assistência técnica para a recomposição da capacidade produtiva.

Vencidas as etapas burocráticas, chegou a hora de iniciar o trabalho. Será realizada uma cerimônia de solenização da parceria entre o ICPJ e a Fundação BB e de lançamento do projeto. “Queremos compartilhar com você os detalhes, a inspiração e o impacto que esperamos causar com esta nova iniciativa”, explica o coordenador do Instituto, Frei Sérgio Görgen.

A atividade inicia às 14h, em Marques de Souza (RS), no CTG Caminhos da Serra (Rua Willy Goellner, 708), com a participação da equipe técnica, parceiros e representantes dos beneficiários. Após a acolhida, será feita a apresentação executiva do Projeto, pronunciamento das autoridades presentes e assinaturas dos termos de cedência de máquinas e equipamentos já adquiridos pelo projeto para as entidades parceiras. O ato encerra com integração e partilha de café camponês. “Vamos juntos celebrar o futuro que estamos construindo!”, afirma Görgen.

O projeto tem como objetivo estruturar áreas de produção agroecológica para famílias afetadas pela catástrofe climática no RS, por meio da implantação de quintais produtivos agroflorestais, além de aprimorar a infraestrutura produtiva de organizações sociais que promovem a sustentabilidade e a adaptação às mudanças climáticas. O período previsto de execução é de 18 meses, contemplando tanto a fase inicial de movimentação burocrática quanto as ações de campo planejadas.

Entre as ações previstas estão: prestação de serviços de assistência técnica e acompanhamento socioprodutivo das famílias beneficiárias, associações e cooperativas; estruturação dos quintais produtivos agroflorestais; melhoria da infraestrutura coletiva de produção, beneficiamento e comercialização agrícola; e fortalecimento de unidades produtivas de compostos orgânicos. As atividades alcançarão 22 municípios, envolvendo ainda 5 diferentes organizações e cerca de 600 beneficiários, com prioridade para jovens, mulheres, povos e comunidades tradicionais.

Para Kleytton Morais, presidente da Fundação BB, apoiar a retomada de cooperativas e associações é garantir que centenas de famílias possam voltar a trabalhar com dignidade. “Equipamentos, infraestrutura e assistência técnica são ferramentas de reconstrução, mas o que realmente move esse processo é a resiliência das pessoas,” ressalta.

Além da Fundação Banco do Brasil e do ICPJ, que assumem a realização do projeto, também constam como participantes o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Cooperativa Origem Camponesa, Aparse, Cooperbio, Flor(e)Ser Agroecológico e Arpasul.

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