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Faleceu dom Jayme Chemello, ex-presidente da CNBB

Bispo emérito de Pelotas (RS) e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se despediu aos 93 anos de idade, após uma vida de intensa dedicação

Publicação original do portal A12: https://www.a12.com/redacaoa12/noticias/faleceu-dom-jayme-chemello-ex-presidente-da-cnbb 

Faleceu na última sexta-feira (29), dom Jayme Henrique Chemello, bispo emérito de Pelotas (RS) e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele estava internado para tratamento de saúde no Hospital Universitário São Francisco de Paula, em Pelotas (RS), e tinha 93 anos.

Dom Jayme foi vice-presidente da CNBB entre 1994 e 1999, período em que participou dos Sínodos dos Bispos sobre a Vida Consagrada e sobre a América, em Roma. Posteriormente, presidiu a entidade de 1999 até 2002.

A CNBB divulgou nota de pesar pelo falecimento de seu ex-presidente:

“Recebemos, com pesar, a notícia do falecimento de nosso irmão Dom Jayme Henrique Chemello. Enviamos nossa solidariedade ao senhor, a todo o povo de Deus da Arquidiocese de Pelotas e, especialmente, aos familiares deste Bispo que marcou e colaborou com a Igreja”, diz a nota.

“Particularmente, fazemos a memória agradecida do serviço tão empenhado a esta Conferência, estando à frente da Dimensão Comunitária e Participativa e da Comissão para a Amazônia, e como vice-presidente e presidente”, diz outro trecho.

“Certos de que ‘a esperança não decepciona’ (Rm 5,5), rogamos a Deus pelo descanso eterno de Dom Jayme Chemello”, encerra a nota.

 

Vida de Dom Jayme

Dom Jayme Henrique Chemello nasceu em São Marcos (RS), em 28 de julho de 1932. Ingressou no seminário São Francisco de Paula, em Pelotas, no dia 27 de fevereiro de 1945, onde realizou os cursos ginasial e colegial.

Foi ordenado presbítero por Dom Antônio Zattera em 6 de dezembro de 1958, na Igreja Matriz de São Marcos. Adotou como lema: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).

Passou a atuar em diversas frentes pastorais, como: vigário cooperador da Catedral São Francisco de Paula; assistente do Movimento Familiar Cristão e dos Escoteiros; docente das disciplinas de Religião e de Filosofia; capelão do Colégio Gonzaga; coordenador diocesano de Pastoral. Em 1965, assumiu a Reitoria do Seminário São Francisco de Paula.

Em 11 de fevereiro de 1969, foi nomeado bispo auxiliar da diocese de Pelotas pelo Papa Paulo VI. Em 1977, assumiu como quarto bispo diocesano de Pelotas, tendo ampla atuação e presença nas atividades locais.

Em 1979, participou da Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Puebla, no México; entre 1988 e 1994 coordenou da Dimensão Comunitária e Participativa da CNBB, no Setor de Vocações e Ministérios; em 1990, em Roma, participou do Sínodo dos Bispos sobre Formação Sacerdotal; de 1991 a 1994, coordenou o Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam); em 1992, participou da 4ª Conferência do Episcopado Latino-americano, em Santo Domingo.

Em 1994, foi eleito vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e participou do Sínodo dos Bispos sobre Vida Consagrada e para a América, em Roma. No dia 25 de junho de 1998, assumiu a presidência da CNBB, substituindo o cardeal Lucas Moreira Neves que fora chamado pelo Papa João Paulo II para ser prefeito da Congregação para os Bispos. Em 1999, foi eleito presidente da CNBB para o mandato até 2002.

De 2005 a 2011, dom Jayme foi presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, no Projeto de Evangelização da Amazônia da CNBB. De 2005 a 2007, presidiu a Comissão encarregada da preparação da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida (SP). Ainda na Assembleia Geral da CNBB de 2005, dom Jaime foi eleito delegado da CNBB no Celam.

No dia 1 de julho de 2009, dom Jayme Chemello teve sua renúncia ao governo da diocese de Pelotas aceita pelo Papa Bento XVI. A partir de então, passou a atender o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, construído sob sua inspiração após nutrir a devoção pela Padroeira da América Latina durante sua participação da Conferência de Puebla, em 1979.

 

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