Artigo

Revista de Rádio Nº 596 – 16 de janeiro de 2025

Publicado em 16 de janeiro de 2025

INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO 

PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO

Produção e apresentação: Frei João Osmar

596º programa: 16 de janeiro de 2025:

1- Resenha: No programa de hoje vamos tratar sobre agroecologia, com destaque para as Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANCs, que realizará curso neste final de semana em Santa Cruz do Sul, RS, na sede da Cooperativa Origem Camponesa, ligada ao Movimento dos Pequenos Agricultores MPA, naquele município. Sigo aqui material publicado nesta semana no site do Brasil de Fato RS, cujo link disponibilizo a seguir para quem se interessar no material completo.                                                                                                                                                             Plantas Alimentícias Não Convencionais são tema de curso em | Cidades

Plantas Alimentícias Não Convencionais são tema de curso em Santa Cruz do Sul. Atividade vai reunir neste final de semana pesquisadores, militantes camponeses e demais interessados no tema

A Cooperativa Origem Camponesa, localizada em Santa Cruz do Sul (RS), vinculada ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o grupo Flor e Ser Agroecológico e o Projeto PancPop, vinculado à Universidade Federal de Rio Grande/Campus São Lourenço do Sul, realizam neste final de semana – dias 18 e 19 – o curso “Introdução às PANC: Identificação e Preparo”. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são vegetais que muitas vezes nascem espontaneamente e não têm cadeia produtiva, mas são opção culinária e possuem alto teor de nutrientes. Agroecóloga que atua tanto no Flor e Ser quanto na cooperativa e no movimento, Roziele Lüdke comenta que “as PANCs há muito tempo tem sido alvo de estudo do coletivo de gênero do MPA, que busca romper com a padronização alimentar que o capitalismo impõe e muitas vezes faz com que os povos abdique e acabam perdendo de heranças milenares de saberes tradicionais, sendo a utilização dessas plantas tanto para a nutrição quanto para a saúde um exemplo dessa relação”.

Rosiele destaca que durante o período das enchentes em 2024, houve a perda de praticamente toda a produção de alimentos baseados em plantas domesticadas e melhoradas. Restaram as PANCs, que foram capazes de resistir às enxurradas. “Isso nos levou a ampliar os esforços de divulgação destas plantas e fortalecer a oferta nas feiras como meio de sustento para os camponeses e camponesas produtores e de garantia de nutrição ao povo que busca alimentos saudáveis.” Nomes como caramuela, inhame, tamarindo, ora-pró-nobis, araruta são lembrados como exemplos, mas há centenas de outras opções que estão muitas vezes a volta das casas, disputando espaço nos plantios convencionais, nos arredores das matas e até nos brejos. Plantas que podem ser redescobertas e apropriadas como itens de alimentação que não apenas agregam os aspectos nutricionais mas têm inclusive muito a acrescentar em termos de diversidade de utilização e de composição de sabores. Formas de identificar e utilizar essas plantas na alimentação serão apresentadas no curso.

Sensibilização, formação e intervenção

A professora Jaqueline Durigon, coordenadora do PancPop, garante que “será um evento especial”, onde será ensinado a identificar espécies de PANCs espontâneas. “E juntos, prepararem receitas deliciosas com elas”. Ela explica que o projeto se baseia em três eixos: sensibilização, formação e intervenção. A atividade está inserida no eixo de formação, com centralidade nas pessoas interessadas em incluir as PANCs na sua vida, na sua alimentação, na sua produção e também na comercialização. O professor Carlos Alberto Seifert Junior, o Jajá, comenta que o curso não é uma formação onde a instância acadêmica monopoliza o processo de ensino, mas, ao contrário, a construção de conhecimento se dá de forma coletiva. “Além dos professores, técnicos e alunos da graduação e da pós-graduação, o grupo que vai de São Lourenço do Sul para Santa Cruz do Sul terá a participação também de agricultores e agricultoras que já participam do PancPop e vão ser protagonistas, conduzir falas e oficinas.”

As atividades serão realizadas no espaço do Centro de Formação São Francisco de Assis, na sede da Cooperativa Origem Camponesa, em Santa Cruz do Sul. O número de vagas será limitado e a prioridade de vagas será para agricultoras e agricultores. As inscrições devem ser feitas através do link: https://forms.gle/qpYnoUoEnTw5HXi58 . O curso tem o apoio do MPA, Fiocruz/Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Laboratório Interdisciplinar MARéSS.

 2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de Antônio Gringo, compositor, cantor e instrumentista que neste ano completa 50 anos de carreira artística. Ele é natural de Rodeio Bonito, na região norte do RS e mora atualmente no município de Estrela, na região dos vales, RS. Antônio é casado e pai de três filhos, também artistas, a exemplo dos pais. Em seu testemunho ele nos conta um pouco de sua vida e sua trajetória artística, com destaque para a opção de ser um “Cantor Popular” em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e dos Movimentos Populares que os defendem e os ajudam.

 3- Música: Caminhos alternativos, com Antônio Gringo;

 4- Fotos da internet: Antônio Gringo, Agroecologia e PANCs:

 

Áudio 1

Áudio 2

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