Revista de Rádio Nº 538 - 07 de dezembro de 2023



Bloco 1:

Bloco 2:

INSTITUTO CULTURAL PADRE JOSIMO 

PROGRAMA REVISTA DE RÁDIO

Produção e apresentação: Frei João Osmar

538º programa: 07 de dezembro de 2023:

1- Resenha: Hoje vamos tratar sobre o racismo estrutural brasileiro, com recorte de gênero. Vou seguir aqui as reflexões de Aquiles Lins em seu artigo publicado no site Brasil 247. Você pode ler o artigo completo no link abaixo:

Racismo no Brasil: trabalhadores brancos ganharam 61% a mais do que negros e pardos em 2022 – Aquiles Lins – Brasil 247

 Racismo no Brasil: trabalhadores brancos ganharam 61% a mais do que negros e pardos em 2022 ·

O estudo Síntese de Indicadores Sociais 2023, divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou a face perversa e conhecida da desigualdade racial no Brasil. Segundo o levantamento, em 2022, a população ocupada de cor ou raça branca recebeu um rendimento-hora 61,4% maior que o da população preta ou parda. Entre as pessoas com nível superior completo, os brancos recebem 37,6% mais do que os pretos e pardos. A diferença também de gênero: o rendimento dos homens foi superior em 12,8% ao das mulheres. Já entre as pessoas com nível superior completo, o caso é ainda mais gritante: o rendimento médio dos homens superou o das mulheres em 43,2%. A informalidade é mais alta entre trabalhadores pretos ou pardos. Dos quase 41% de trabalhadores informais no Brasil em 2022, os homens pretos ou pardos respondiam por 46,6% do total, enquanto os trabalhadores informais brancos eram 33,3%. Entre as mulheres, as pretas ou pardas são 46,8%, enquanto as mulheres brancas chegam a 34,5%. O Brasil conserva claras distinções de interiorização da capacidade humana das pessoas negras. Segundo a pesquisa do IBGE, trabalhadores pretos ou pardos predominam em atividades com rendimento médio menor: são 62% na Agropecuária; 65% na Construção; 66% nos serviços domésticos. 

Os números do levantamento do IBGE trazem um retrato conhecido da desigualdade de raça e de gênero que estruturou as relações de trabalho no Brasil. O cenário de racismo estrutural foi agravado, e não combatido, pelos chefes do Poder Executivo brasileiro desde o golpe de 2016, isto é: Michel Temer e Jair Bolsonaro. Um presidente ilegítimo e outro presidente genocida e inelegível que governaram o Brasil por seis anos. Com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o combate à discriminação racial, de gênero, de orientação sexual ou religiosa, vem sendo fortalecido. A começar pela criação dos ministérios de Igualdade Racial e das Mulheres. Também é bom lembrar que Lula sancionou uma lei que obriga o pagamento de igualdade salarial entre mulheres e homens. Pela lei aprovada, empresas com 100 ou mais funcionários devem fornecer relatórios semestrais com informações objetivas que permitam comparar os salários e remunerações entre homens e mulheres e os critérios de remuneração. Em relação à população preta e parda, o presidente sancionou a nova Lei de Cotas, aprimorando ingresso de cotistas ao ensino superior federal e a inclusão de quilombolas como beneficiários das cotas. Lula também assinou decreto para que negros ocupem pelo menos 30% dos cargos e funções de confiança no governo federal. Mas tudo isso está longe de ser suficiente para combater a desigualdade de renda que atinge mais perversamente a população preta e as mulheres. 

 2- Testemunho/entrevista: Hoje vamos ouvir o testemunho de  Thiago Soares, jovem frade da Província da Imaculada Conceição no Brasil, com sede em São Paulo, SP. No seu testemunho ele nos conta um pouco de sua vida e de seu despertar vocacional para a Vida Religiosa Franciscana com Frade Menor. Nascido de pais católicos no município de Vinhedos, SP, mas criado em Valinhos no mesmo estado, despertou para o estudo das Ciências Humanas ainda na adolescência. Hoje como frei Franciscano trabalha na evangelização na Baixada Fluminense, RJ e também em projetos de Solidariedade organizados pelo SEFRAS – Serviço Franciscano de Solidariedade. Vale a pena ouvir o testemunho deste jovem inquieto e cheio de sonhos por um mundo melhor.                                                                                                                                                                             3- Música:  Dança aí Nego Nagô, com a Banda PJ Raiz;

4- Fotos: Da internet –Frei Thiago Soares/ SEFRAS: